A palavra fetiche no dicionário da língua portuguesa aparece relacionada a palavras como devoção extrema ou devoção irracional. Muitas pessoas usam o termo fetiche de forma errônea, confundindo fetiche e fantasia sexual. O fetiche é a fixação por um determinado objeto ou parte do corpo, que gera prazer extremo ao indivíduo, muitas vezes a pessoa só consegue atingir ao orgasmo perante a ele. Já a fantasia sexual não precisa ser uma coisa determinada, é algo mais esporádico, podendo ser vontade de uma noite só, como as fantasias físicas de enfermeiras, bombeiros e por assim vai.

Existem diversos objetos de desejo pelos fetichistas, sendo que o grande diferencial entre essas pessoas é não ter desejo variado. Podemos dividir o fetichismo em duas categorias, fetichismo corporal onde o objeto de desejo é uma parte do corpo, o pé costuma ser o mais comum, e o fetichismo impessoal, que brinquedos sexuais, roupas e qualquer objeto especifico geram prazer.

Em 1905 um pesquisador francês Emile Laurent, já pesquisava o termo fetichismo. Naquela época ele entrevistou 500 pessoas e conclui que “Somos todos mais ou menos fetichistas. ” A questão é que existem graus dentro do fetichismo. Existem pessoas que sentem atração por um objeto ou parte do corpo em particular, mas não se deixa dominar por isso, mas existem também os casos de fetichismo patológicos onde a pessoa só consegue pensar em seu objeto de desejo, e aquele pensamento acaba virando uma obsessão diária. Em alguns casos o parceiro sente atração por uma parte da pessoa, e é só nisso que se preocupa, não ligando para a pessoa ou o relacionamento. O psicólogo Oswaldo Rodrigues, em uma entrevista à revista Folha de São Paulo, contou o caso de um paciente que possuía fetiche patológico por cadeiras de dentista, o caso chegava a tanto que ele sofria muito ao pensar em pessoas sentando na cadeira, e chegava a colecionar várias fotos de cadeiras de dentistas e cabelereiros para se satisfazer. Esse tipo de fetiche atinge muito mais aos homens, para cada vinte homens fetichistas existe uma mulher. Segundo estudos esses fetiches podem se dar pela timidez e dificuldade de se relacionar, direcionando sentimentos a objetos. Os psicólogos estabelecem um padrão de avaliação. Se o fetiche e a obsessão durar mais de seis meses, for recorrente e frequente, gerar sofrimento e angústia, um profissional deve ser procurado para orientação correta desse desejo.

 

A psicóloga sexual Carla Cecarello fala sobre fetiches no programa Okay.

 

Referências:

– “O que as mulheres querem na cama” Portal IG – Carmita Abdo

–  Livro “Como pensar mais sobre sexo” Alain de Botton

– “Quando o Fetiche é doença” Folha de São Paulo – Oswaldo Rodriques

–  “Psicologia da Sexualidade- Fetiches e Fantasias sexuais” Ana Fernandes

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