Dispareunia é uma disfunção sexual relacionada à dor na relação sexual motivada por causa orgânica ou emocional. Manifesta-se tanto em mulheres quanto em homens e pode culminar em vaginismo. Saiba mais aqui
A dor se caracteriza pelo ardor, queimação ou contração e pode se manifestar de forma externa: na vagina (introito, região média ou profunda), na bexiga, no útero, na cérvix.
A inibição em relação à manifestação e à realização da sexualidade pode desencadear a dispareunia. No caso da mulher, o medo da dor gera tensão e diminui o prazer sexual dela, alterando a ordem natural das fases de desejo, excitação, orgasmo e resolução.
A dispareunia pode ser transitória (acontece às vezes), permanente (sempre ocorre) ou adquirida (surge depois de um tempo). A disfunção pode se manifestar com todos os parceiros sexuais e em todas as circunstâncias ou com determinado parceiro sexual, certo tipo de estímulo ou em um contexto específico.
O Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, levantamento feito por Carmita Abdo em 2004, mostrou que 18% das brasileiras apresentam essa disfunção e que é mais incidente na faixa etária de 18 a 25 anos e acima dos 60 anos.
Ao relacionar-se com um portador de dispareunia, o parceiro sexual tende a diminuir a frequência das relações sexuais e tem pouco a fazer a não ser incentivar que o outro busque ajuda profissional.
Quando não tratada, essa disfunção pode evoluir para transtornos de excitabilidade e para a perda total de desejo sexual.
O tratamento da dispareunia requer avaliação ginecológica e exploração pélvica cuidadosa, para se avaliar se a causa é orgânica ou psicológica. É comum haver uma combinação dos dois fatores. No caso da dispareunia de causa psicogênica, indica-se a Terapia Sexual.
Referencias:
KAPLAN, H. S. Evaluation of Sexual Disorders: Psychological and Medical Aspects. New York: Brunner/Maze, 1983.
JODOIN, M. et al. Male Partners of Women with Provoked Vestibulodynia: Attributions for Pain and Their Implications for Dyadic Adjustment, Sexual Satisfaction, and Psychological Distress, v. 5, n. 12, p. 2862-2870, 2009.
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