Falar em homossexualidade pode ser complicado para a sociedade em geral. Por mais que o assunto esteja cada vez mais comentado nas mídias, em novelas, revistas e filmes, o preconceito e as crenças erradas ainda são o ponto forte desse tema. É compreensível, por um lado, pensar que antes, relações com pessoas do mesmo sexo eram coisa de outro mundo. Podiam até existir, mas o assunto não era tocado em nenhum momento.

De uns tempos pra cá, essas mesmas pessoas que viveram nesse tempo, tem de se acostumar com a liberdade que cresce no mundo a cada dia. Com pessoas assumindo seus desejos e gostos, com o assunto sendo debatido em padarias e escolas, e com famílias de casais do mesmo sexo no mesmo ambiente que todos. O que para nós, é muito normal e aceitável. Não há porque achar esse comportamento errado ou ter algum tipo de preconceito. Mas o que acontece, é que as pessoas, principalmente as mais velhas, não conseguem entender essa mudança brutal de comportamento.

E o que deve ser feito é a reflexão por meio de conversas e evidências. Não se trata da discussão de ideologias, mas sim de analisar os fatos expostos e mudar a visão com relação a algumas crenças erradas, como por exemplo dizer que os homossexuais não podem educar os filhos, que a família é composta e verdadeira apenas se for por um homem e uma mulher, que os homossexuais tem mais problemas mentais em relação aos heterossexuais e devido a isso, tendem mais a pedofilia, e por aí vai.

Estudos científicos

Estudos da American Psychological Association (APA) comprovam empiricamente que essas crenças não são verdades. E a primeira delas é o fato da homossexualidade ter sido removida do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM já em 1974, após três décadas de pesquisas científicas que comprovaram que a homossexualidade, o lesbianismo e a bissexualidade não são perdas de característica de teste de realidade, pensamento ou prejudica habilidades sociais e profissionais. Elas não implicam num distúrbio psicológico em si, entretanto, a discriminação social pode resultar em depressão, ansiedade e baixa auto-estima.

Uma comparação realizada por Thompson, em 1971, com homens e mulheres de orientação homossexual e homens e mulheres heterossexuais não obteve resultados diferentes com relação às características psicológicas.

Bem como a pesquisa sobre o cuidado com os pequenos de mães lésbicas e pais homossexuais com relação aos casais héteros, não terem apresentado diferenças. Ou seja, os casais têm as mesmas preocupações com os filhos. O que não deixaria de ser óbvio, já que são homens e mulheres como todos os outros.

Bem como as diferenças entre as crianças. Uma pesquisa feita por Golombock em 1983 com crianças entre 5 e 17 anos, de mães lésbicas e mães heterossexuais da mesma idade, por meio de entrevistas e questionários, não mostraram diferenças entre os grupos no seu papel de orientação, sexo e gênero sexual. Essa mesma pesquisa foi realizada novamente em 1995 e os resultados permaneceram os mesmos.

Pedofilia

A grande crença de que os gays tenderiam a pedofilia não faz sentido. Finkelhor & Russel, em 1984, em um estudo descritivo, concluiu que a grande maioria dos abusos sexuais cometidos nas crianças são homens heterossexuais que na maioria das vezes, são parentes próximos das vítimas. Ou seja, não há suporte científico para acreditar que homossexuais ou lésbicas tendem mais a prática da pedofilia.

O tema é sensível, mas ainda há muito a ser debatido. Apesar de todo o preconceito e homofobia que acercam os homossexuais, por meio do convívio familiar pode existir uma luz no fim do túnel. Os pais aceitando a orientação sexual dos filhos (as) são fundamentais para diminuir esse preconceito. Somente eles podem dar esse primeiro passo e mudar a realidade.

Nos próximas semanas daremos continuidade ao assunto trazendo diferentes focos: a adoção de crianças na relação homo e a homofobia na sociedade num geral.

Fonte: http://bit.ly/1dk2a71

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