Quem acredita que sexualidade e infância são dois assuntos completamente distintos e insociáveis, se enganou. A questão do descobrimento já começa nos primeiros meses da vida, quando o bebê experimenta o prazer de explorar o próprio corpo, o que vai se acentuando nos anos que se seguem. Atualmente, são poucos os pais que sabem como reagir e o que responder as diversas dúvidas inesperadas dos pequenos.

A sexualidade para o adulto está completamente ligada ao erotismo, desejos e prazer. Por isso, é comum o “susto” de notar qualquer comportamento de caráter sexual na inocência das crianças. É por esse motivo que tantos de nós preferimos ignorar essas atitudes.

Em algumas vezes, em primeiro plano são os pais que precisam dessa orientação sexual, para aprender a lidar com essas situações e somente após, orientar os filhos. O que geralmente ocorre, são pais que costumam ensinar de uma forma completamente contrária aos princípios de psicólogos e sexólogos, com dizeres como: “tira a mão disso, esse lugar não pode, isso é feio’

Mas realmente, lidar com uma criança nua de três anos, brincando com seus órgãos sexuais não é nada fácil. O que pode ser
feito: sair de perto e depois comentar o assunto com naturalidade com o filho, ou aproximar-se e interromper a cena educadamente, convidando a criança a fazer alguma outra atividade com os pais. Lembrem-se: não assustem as crianças e nem as interrompa com o tom de bronca, já que essa nunca deixará de fazer aquilo que lhe dá prazer, mais facilmente começará a esconder isso dos pais.

O mais problemático não está na exploração sexual e nem nas brincadeiras entre os pequenos de mesma idade. O mais prejudicial sem dúvida é repressão adulta, principalmente quando envolvendo um castigo ou algo do tipo, já que essas atitudes são tão naturais à criança como o próprio aprender a falar ou andar.

Ademais, os “jogos sexuais” entre as crianças não costumam oferecer nenhum risco, já que os garotos antes da puberdade nem têm ereção suficiente para a penetração. Além disso, as crianças menores não associam a brincadeira com o sexo, mas somente com a questão do toque.

Aos pais mais assustados: a sexualidade representa mais que o próprio ato do sexo, mas envolve sentimentos, pensamentos, e a própria saúde sexual, que também deve ser considerada um direito humano primário.

No próximo post, veremos as situações mais comuns praticadas pelas crianças no descobrimento da sexualidade.

Orientação Sexual – Marcos Ribeiro

Quando a sexualidade engatinha – Entrevista da Folha de São Paulo com Marcos Ribeiro

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