Uma pesquisa coordenada por Carmita Abdo, psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, realizada em dez capitais do país, mostra que o sexo fica em oitavo lugar no ranking dos ingredientes que garantem qualidade de vida às mulheres brasileiras.

As inúmeras obrigações familiares e sociais junto com a enorme carga de trabalho diária, as urgências com os filhos e as crises de insatisfação com o próprio corpo fazem com que as mulheres acabem deixando o sexo em segundo plano. E não só isso, mas problemas de saúde como anemia, ansiedade, diabetes e até o uso excessivo de álcool e drogas.

A falta de desejo sexual é persistente, principalmente entre as faixas etárias de 18 a 25 anos e acima dos 40. Elas não relaxam, travam e acabam preferindo evitar a cama. Entretanto, esse é um quadro reversível. O primeiro passo é saber o porquê dessas reações, que podem ser  físicas ou emocionais, e depois disso, traçar uma estratégia para trazer à tona a vontade e o prazer do sexo.

 

Remédios

Quem toma remédio para depressão ou algum transtorno psicológico tendem a estar dentro do grupo de mulheres com desejo sexual frágil. Os antidepressivos atuam no sistema do corpo responsável pelo controle das emoções e diminuem a libido. A dose desses medicamentos podem ser reajustadas ou substituídas por outras, caso estejam alterando fortemente a rotina sexual dessas mulheres.

Como por exemplo, a desvenlafaxina, que regula de uma forma mais natural os neurotransmissores serotonina e noradrenalina sem interferir no sexo, bem como a agomelatina e a bupropiona também.

 

Hormônios

O hormônio masculino ligado à produção da libido e presente na mulher, a testosterona, aumenta no meio do ciclo menstrual e faz aumentar o desejo sexual. O estrógeno, hormônio feminino que determina as curvas do corpo, é o principal combustível do sexo. Após a ovulação, o parto e na menopausa é encontrado em baixa concentração e tende a deixar a mulher sem excitação e com a vagina ressecada.

Já no período fértil, quando o organismo está pronto para receber um bebê, o nível elevado de estrógeno leva o desejo lá para o alto. E no fim do ciclo é a vez da progesterona reduzir o desejo para que, hipoteticamente, o corpo priorize a gestação. É importante realizar frequentemente exames para avaliar os níveis hormonais em cada fase, para identificar desajustes e assim, o médico poder orientar como corrigi-los!

Uma prática que ajuda na recuperação da libido é a reposição hormonal – apesar das polêmicas que a relacionam ao câncer. Adesivos de testosterona são usados em alguns países, mas, no Brasil, o uso é liberado apenas para mulheres que retiraram os ovários ou passaram da fase da menopausa.

A dor no ato sexual (dispareunia) e a contração involuntária dos músculos da vagina (vaginismo) também podem levar a repelir o sexo. Isso acontece, em grande maioria, naquelas mulheres que têm o tônus muscular muito aumentado, com dificuldades até para inserir um absorvente. Nesse caso, sessões de fisioterapia, exercícios de relaxamento ou de fortalecimento, dependendo do caso, combatem o problema e ajudam na lubrificação da área.

Entretanto, se o grande obstáculo estiver na cabeça, de nada adianta um esforço externo. Se uma mulher viveu abuso na infância ou qualquer outra situação traumática na cama ao longo da vida, é muito comum que ela reprima seu desejo.  Ou, se o parceiro não as deseja com a intensidade que elas idealizam… As meninas são geralmente criadas para fazer o outro gozar. As mães não ensinam que gozar também é um direito delas! Nesses casos, é interessante recorrer a psicoterapia, pois permite derrubar tabus e passar por cima de experiências dolorosas do passado.

 

Descomplicar

 E quando o problema é no casamento? É natural, com o passar dos anos, que a chama em um casamento que era bom se apague. Entretanto, não dá para agir como se isso fosse o fim. A relação amadurece, as rugas aparecem, mas cada um continua com as mesmas qualidades que atraíram e fizeram o outro se apaixonar.

Por isso, nessas situações, é interessante que os parceiros se descubram novamente. Boas conversas em ambientes diferentes do comum e programas a dois são recomendados! A paixão quando renasce traz com ela vontade e excitação e assim, nenhuma dor de cabeça, menopausa ou desgaste físico vai impedir do desejo sexual estar presente na rotina novamente.

A partir do momento que o sexo não for tratado como uma coisa extracotidiana, as reclamações de falta de desejo sexual serão, com certeza, muito mais raras. O sexo é simples! É só não se deixar levar pelas imagens romantizadas da TV.

Fontes:

Ela Autêntica

Entre Nós Oficial

Home Angels

 

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